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"VEJA" só que grosseria.

Data da Noticia 24/10/2016
A linguagem atroz na elite da imprensa

Por acaso, me atenho a ler um artigo sobre a crise da segurança no RS, publicado na edição de setembro da revista Veja; e me deparo com o seguinte fragmento: "...ressalva Sartori, um desbocado descendente de italianos formado em filosofia que, aos 68 anos, parece ter transferido para o bigode espesso os fios que povoavam a região central do crânio".

Caro leitor, isso é referência que se faça a um cidadão de quase 70 anos, autoridade constituída do Poder Executivo estadual? Revoltam-me as grotescas agressões perpetuadas sob o pretexto da liberdade de imprensa. Aliás, me parece que muitos têm um conceito deturpado de liberdade.

Por muito tempo cobrou-se com veemência uma certa "informalização" da mídia, para que esta fosse de encontro ao público. No entanto, os limites foram extrapolados por alguns que, ignorantes quanto à responsabilidade que possuem, mancham a imagem de uma classe tão digna e fundamental como os profissionais da comunicação.

Deixo claro que os méritos ou deméritos do indivíduo acima citado não vêm ao caso. Apenas utilizo tal passagem como exemplo da linguagem recorrente em algumas das revistas mais renomadas do país, das quais a Veja é o caso mais revoltante. Falta-lhes a consciência de que o objeto do seu trabalho não são obras de ficção; antes, são histórias de vida, a imagem de seres humanos reais e a cultura de um povo.

As liberdades de imprensa e expressão foram conquistadas a duras penas, para hoje serem desonradas por alguns que se dizem comunicadores e difusores de cultura, mas cometem "atrocidades" através da poderosa arma que têm em mãos.



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  • Autor: Gerson Dickel
  • Imagens: Gerson Dickel

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