Agricultores de Itatiba do Sul sofrem com falta de energia
Prejuízos se acumularam ao longo de uma semana sem luz
Cerca de 15 famílias de agricultores residentes em sua maioria nas localidade de Parobé e Barra Seca, no interior de Itatiba do Sul, viveram uma semana de transtornos. O temporal do dia 1º de outubro derrubou alguns postes, deixando os produtores dessa região sem luz. Porém a energia elétrica só foi restabelecida uma semana depois, no dia 8.
Conforme o secretário de Administração de Itatiba do Sul, Célio Fabiani, a RGE informou que havia caído parte da rede de alta tensão, porém após consertada caiu a rede de baixa tensão, o que provocou o atraso no restabelecimento. “Nesse período os problemas para os agricultores foram muitos. Produtores de leite perderam a produção desses dias por não ter como conservar. Além disso, tem todo o transtorno que a falta de energia provoca no dia a dia das pessoas”, comenta o secretário.
O casal Ari e Nelci Steinke, que produzem leite em uma propriedade rural na localidade de Barra Seca, viveram dias difíceis. “Perdemos praticamente toda a produção de leite desse período”, conta Nelci, que mesmo conseguindo transformar em queijo parte da produção lamenta as perdas e o trabalho dobrado da última semana. Isso porque além de não conseguir resfriar o leite, o casal teve de se desdobrar para dar conta de todo trabalho extra que a falta de energia trouxe. “Sem luz a ordenha de 20 vacas teve de ser feita manualmente, pois mesmo que o leite tivesse que ser jogado fora por não ter como resfriar, é preciso ordenhar as vacas para evitar problemas nos animais”. Apesar do esforço, e de terem passado praticamente todo o tempo ordenhando os animais, Nelci conta que três vacas desenvolveram mastite, que é uma inflamação das mamas que ocorreu em função da dificuldade em retirar todo o leite acumulado no úbere dos animais.
Também foi difícil conter os animais no pasto, uma vez que a cerca elétrica é que limita o espaço para os animais. “Também perdemos alimentos que estavam congelados, ficamos sem comunicação, porque não havia como recarregar a bateria do telefone celular e tomamos banho frio ou de bacia”, acrescenta Nelci.
- Autor: Atmosfera Online
- Imagens: Arquivo família Steinke