Chuvas deixam 179 mortos no Oeste do Japão.
Em 72 horas, foram registrados recordes pluviométricos em 118 pontos de observação de 15 municípios.
Ao menos 179 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra provocados por chuvas torrenciais na região oeste do Japão e as equipes de emergência lutam para encontrar sobreviventes entre os escombros, uma possibilidade cada vez mais remota. O porta-voz do governo confirmou nesta quarta-feira as 179 mortes e advertiu que há várias pessoas desaparecidas na maior tragédia provocada por um fenômeno meteorológico no Japão desde 1982.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que cancelou uma viagem a vários países da Europa e do Oriente Médio, partiu de Tóquio na manhã desta quarta rumo à província de Okayama, uma das mais afetadas, ao lado de Hiroshima. Mais de 10 mil pessoas que abandonaram suas casas permaneciam em refúgios no Centro e Oeste do Japão.
"Os 75 mil policiais, bombeiros, soldados das Forças de Autodefesa (nome do exército japonês) e da Guarda Costeira fazem o possível para ajudar os afetados", declarou o porta-voz do governo Yoshihide Suga. "As buscas e trabalhos de limpeza prosseguem sob um intenso sol, com temperaturas previstas de 35ºC. Nas atuais circunstâncias os socorristas precisam 'de uma grande vigilância' pelo risco de insolação e ondas de calor, assim como pela possibilidade de novos deslizamentos de terra", completou o porta-voz.
As fortes chuvas registradas entre sexta-feira e domingo provocaram grandes inundações, ondas de lama e muitos danos, que deixaram vários moradores bloqueados, apesar das ordens - não obrigatórias - e recomendações para que milhões de pessoas abandonassem suas casas.
- Autor: Correio do Povo
- Imagens: Jiji Press / AFP