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Cultura imposta

Data da Noticia 05/09/2016
A supressão da identidade nacional

O filme campeão de bilheteria, o sucesso musical do momento, a roupa da moda. O que eles têm em comum? São todos exemplos superficiais do que podemos chamar de imposição cultural, a qual é alimentada e expandida pelo movimento globalizador (sobre isso trataremos em outra ocasião).

Desde a Primeira Revolução Industrial, mantém-se o mesmo intuito em quase toda obra, a saber, a obtenção de lucro, preferencialmente fácil e rápido. Com o domínio da ótica capitalista, surge a necessidade de um novo e eficiente mecanismo de venda: a persuasão. Neste contexto, entra em cena um ramo que ainda hoje (e sempre mais) dita os rumos do consumo mundial.

A indústria do convencimento é massivamente empregada em diversos meios e para variados fins. Em raros casos, torna-se uma admirável ferramenta de conscientização, como em campanhas de saúde, educação e segurança. No entanto, a regra é a utilização da mesma na disseminação de culturas previamente padronizadas e inflexíveis; as quais são espalhadas pelo globo na forma de itens supérfluos. 

Por “supérfluos”, nesse contexto, entenda-se todo e qualquer elemento comercializável, e não apenas produtos materiais. Incluem-se no grupo já citado: música, moda, linguagem, lazer, comportamento, gastronomia e inúmeras outras formas de cultura manifesta. Nenhum destes tópicos deveria ser assim classificado, mas é nisso que a indústria do convencimento os transforma, em meros produtos de consumo instantâneo.

Anexo à globalização e mal utilizado, o ramo da persuasão acaba oprimindo a identidade local e limitando a liberdade de pensamento. Afinal, quem está livre de um “compre para ser feliz” ou de um “sem isso você é um fracassado”? De qualquer modo, deve-se desenvolver e incentivar o pensamento crítico e autônomo, para limitar a influência da propaganda no estilo de vida. A imposição cultural baseia-se, sobretudo, na importação de costumes e ideologias, suprimindo assim a riqueza de nossa miscigenação.

Não se trata de boicotar a globalização e as influências dela provindas. Porém, torna-se imprescindível a valorização da realidade que nos cerca e, consequentemente, a promoção de nossa própria cultura, na plenitude de suas riquezas e diversidades.



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  • Autor: Gerson Dickel
  • Imagens: Ilustrativa

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