Erasmo Carlos responde comentários maldosos em “Gigante Gentil”
Erasmo Carlos é um dos maiores músicos brasileiros em atividade. Famoso por suas parcerias com Roberto Carlos, Erasmo começou sua carreira no grupo The Boys of Rock, que posteriormente passou a se chamar The Snakes. O grupo acompanhava Tim Maia e Roberto Carlos em suas turnês. Erasmo Carlos aprendeu a tocar violão com Tim Maia e fez sua primeira composição para Roberto Carlos. A partir de então, inicia a carreira do músico, compositor de mais de 600 músicas, que hoje também é muito conhecido como Tremendão, e também, Gigante Gentil.
Recentemente, Erasmo Carlos resolveu interagir com seus fãs via internet, porém, em suas andanças pelas redes sociais, se deparou com algumas piadas de mau gosto em relação à ele. Então, Erasmo pegou um violão, e fez uma música em resposta aos comentários pejorativos que leu no computador, e a música leva como nome, um de seus apelidos, Gigante Gentil:
Dizem por aí que eu tenho cara de bandido
E que mastigo abelha só pra degustar o mel
Que eu faço tipo cafajeste, de um gigante bruto
Que eu sou o espinho do caroço que sobrou do fruto
Erasmo inicia a música mostrando algumas críticas que leu dos internautas, que diziam que o mesmo por ser velho e possuir rugas, tinha cara de bandido, cafajeste e tantas outras palavras que o deixaram magoado.
Só que eu não posso com a peneira o sol tapar
E pelas curvas da ironia derrapar
Oferecer a outra face, nem pensar
Já que um leão por dia eu tenho que matar
Mesmo hostil qualquer gigante pode ser
Gentil
Então Erasmo decidiu que não poderia ficar calado e tapar o sol com a peneira, segundo o autor, não era possível fingir que nada aconteceu, pois as pessoas não tinham conhecimento da vida particular dele, e não sabiam tudo o que ele precisou viver pra chegar onde estava.
Então Erasmo diz que mesmo sendo velho, mesmo parecendo bandido, ele também poderia ser gentil, e demonstrar em música, com suavidade, o que as outras pessoas fizeram com rispidez.
Mas quando dizem que o gigante é um morto-vivo
Perdido como um bicho sem carona no dilúvio
Me assusto com o olho podre que vê ele assim
Detonam o gigante e o estilhaço pega em mim
Erasmo Carlos escreve que chamavam ele de morto-vivo, uma pessoa tão velha que sobreviveu ao dilúvio. O autor comenta o episódio: “diziam que parecia que eu saí de The Walking Dead direto pro show.” E ainda completa com mais frases “Se o Erasmo levantar os braços, Deus puxa ele”, “Se o Erasmo fechasse os olhos a família dele começava a rezar”.
O autor ainda diz que se surpreendeu negativamente com os comentários, e que ficou muito triste com o que leu, e também comenta que ficou por tempos ferido com os comentários. Por isso vemos, no clipe da música, o autor dentro de um carro, dirigindo ferido, baleado. Tentando demonstrar que os comentários negativos são como balas, que acertam e ferem as pessoas.
Só que eu não posso com a peneira o sol tapar
E pelas curvas da ironia derrapar
Oferecer a outra face, nem pensar
Já que um leão por dia eu tenho que matar
Mesmo hostil qualquer gigante pode ser
Gentil
Erasmo tentou dizer aos internautas que não gostou dos comentários, e que ficou bastante machucado com o que leu. Porém, amante do pacifismo, o famoso Tremendão não desferiu palavras de ódio em sua obra, pois segundo ele, não há lugar pra ódio dentro da sua música.
João Dalbosco. 24 anos, estudante de história, músico e amante da literatura.
- Autor: João Dalbosco
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