No dia 26 de novembro, o Movimento dos Atingidos por Barragens do Rio Grande do Sul (MAB/RS) promoveu, em Santa Rosa, a Exposição Arpilleras: Mulheres Atingidas por Barragens Defensoras dos Direitos Humanos Bordando a Resistência.

A exposição faz parte do projeto “Mulheres Defensoras dos Direitos Humanos Bordando a Resistência”, realizado pelo MAB/RS e pela Associação de Proteção à Vida (APROVI), com apoio da Fundação Luterana de Diaconia (FLD).

O projeto foi realizado com mulheres dos municípios de Alecrim, Novo Machado, Porto Mauá e Porto Lucena. Localizados na região noroeste do RS. Todas elas têm algo em comum: são ameaçadas pela construção do Complexo Hidrelétrico Binacional Garabi-Panambi, entre Brasil e Argentina e, assim como todo o povo brasileiro, são atingidas pelas altas tarifas de energia elétrica.

Durante o projeto, as mulheres debateram sobre o preço da luz e a ameaça que a construção das barragens Garabi e Panambi representa para toda a região, numa falsa promessa de desenvolvimento. Em cada um dos municípios abrangidos pelo projeto, foram feitas oficinas de confecção de Arpilleras, através das quais as mulheres expressaram suas inquietações diante da ameaça da vinda das barragens, valendo-se da arte expressa no bordado para denunciar as violações de direito humanos decorrentes do modelo energético.

As peças de Arpilleras produzidas, que fizeram parte da exposição, foram bordadas a muitas mãos, num movimento de organização comunitária e fortalecimento coletivo das mulheres ameaçadas. A exposição aconteceu no auditório do prédio da Sindicoop, no centro da cidade de Santa Rosa/RS.

“Mulheres defensoras dos direitos humanos: na luta em defesa da vida!”

“Mulheres, água e energia não são mercadorias!”

• Autor: Comunicação do MAB RS - ​​​​​​​Por: Gras
• Imagens: Comunicação do MAB/RS