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Polícia Federal, Exército e Brigada fazem varredura na Aldeia do Votouro

Data da Noticia 02/08/2018
A demonstração de força da autoridade policial é para trazer de volta a sensação de boa convivência do povo indígena, disse o delegado que comandou a operação.

A Operação Terra Sem Lei, realizada pela Polícia Federal na aldeia indígena de Votouro, com o apoio do Exército e Brigada Militar, terminou com a prisão de três dos 14 procurados. O cacique da aldeia, um dos que a Justiça Federal decretou a prisão preventiva, fugiu dez minutos antes da polícia bater na porta da casa onde passou a noite. O grupo armado que o cacique é suspeito de chefiar , saiu da aldeia no início da madrugada, sem deixar pistas.

A operação é a maior da história da Polícia Federal no interior de área indígena, disse o delegado Luiz Carlos Ramos Porto, Chefe do Serviço de Repreção a Crime Indígenas, que veio de Brasília para acompanhar a operação.  Os quase trezentos policiais e militares do Exército entraram na aldeia por volta de 7h e não encontraram mais em casa a maioria dos envolvidos no crime de homicídio  que tirou a vida de um sobrinho do prefeito de Benjamin Constante do Sul. O grupo também  agrediu e manteve o prefeito em cárcere privado, preso na cadeia da aldeia, conhecida como  boi preto.

Os dois inquéritos da Polícia Federal, que investigaram os crimes, resultaram em 18 pedidos de prisão preventiva e outro tanto de busca e apreensão. Dos 18 pedidos de prisão, quatro foram negados pela Justiça Federal de Erechim. Na mesma investigação, a Polícia Federal descobriu que o cacique da aldeia movimenta R$ 30 milhões por ano, dinheiro que é resultado de arrendamentos de terras e partilhas de produção agrícola com produtores  granjeiros da área. 

Segundo o delegado da PF, que comandou a operação, Mauro Vinícius Soares de Morais,  a participação do Exército na operação foi para realizar buscas a armas, inclusive fuzis, que supostamente foram enterradas. Os militares do Exécito de Ijuí, equipados com detectores de metais, não resultou na apreensão de armas. 

O grupo de índios que abandou a aldeia por causa da violência imposta pelo cacique e seu grupo, permanece até a próxima semana acampados na sede da Funai em Passo Fundo.

O delegado Mauro Vinícius Soares de Morais explicou em entrevista a imprensa, que o grande aparato policial, que mobilizou mais de 70 viaturas, caminhões do Exército e um helicóptero da BM, foi devido a informações apuradas anteriormente de que o grupo armado de índios iria resistir a entrada da polícia na área.  Estão nas operações, o Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal e também o Grupo de Operações Táticas da Brigada Militar. 

 



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  • Autor: AU Online
  • Imagens: Marcos Carraro/Especial AU

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