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Por que as coisas são tão caras no Brasil?

Data da Noticia 08/05/2019

Todo mundo, ora ou outra, já se perguntou o porquê dos produtos nas prateleiras e lojas serem tão caros. A alimentação, o vestuário e o entretenimento estão ficando a cada dia mais custosos, cada vez mais o trabalhador pena pra conseguir comer e se vestir. Cultura entretenimento passam longe. Livros, teatro e afins têm um preço alto, simplesmente não dá. Mas por quê? Por que consumir está cada vez mais caro?

Bueno, primeiro que o imposto que incide sobre o consumo é o maior. O produto da prateleira, que é essencialmente consumido pela classe trabalhadora, é o que tem a maior carga tributária, isso onera o trabalhador de tal forma que reduz cada vez mais seu poder de compra. Dessa forma, uma demanda menor significa a diminuição da oferta e, logo, a diminuição da demanda por trabalho, gerando desemprego.

Mas o que fazer? Como mudar essa realidade? Então, o artigo 153, inciso VII da Constituição Federal versa sobre o “imposto para grandes fortunas”. Ou seja, caso regulamentado (pois ainda não é), a “corda ia estourar um pouco mais pro lado do mais forte”, tirando um pouco do trabalhador o peso da carga tributária. Uma das grandes injustiças é que enquanto um professor tem que declarar imposto de renda (27,5%, salvo o engano), alguém com uma fortuna bilionária consegue desviar dinheiro pra paraísos fiscais, não pagando um centavo de imposto, onerando os cofres públicos.

O imposto deve ser progressivo, quem tem mais pode contribuir mais. O motor da economia brasileira ainda é o mercado interno, ou seja, o consumo das famílias; colocar uma carga alta de impostos sobre isso fará com que a economia trave. E quem são as famílias que consomem? As famílias dos trabalhadores, a classe mais baixa. Bilionários não vão ao supermercado comprar pão e carne, quem vai é o trabalhador.

Ainda temos as grandes heranças que, em outros países, tem uma taxação entre 29% (EUA, salvo o engano) até mais de 50% (como na Suécia). Aqui no Brasil a taxa sobre essas heranças ficam entre 4% e 8%, uma miséria perto do que pessoas que recebem heranças bilionárias podem contribuir. Repare bem, não falo de quem recebe R$ 1.000.000,00, falo de quem recebe algo acima de 10 milhões, esses podem contribuir mais com toda a certeza.

Para tanto, esse deveria ser o debate central da política brasileira, e não esse identitarismo grotesco que tanto se comenta aqui e acolá. O debate econômico visa a geração de emprego, a melhoria de vida das famílias, o aumento do poder de consumo, enfim, o bem estar social. Enquanto ficarmos nessas besteiras de debater se o artista é negro ou branco, vamos esquecer de uma agenda que nos uniria como cidadãos, um interesse comum, pois todos querem emprego, renda e bem estar.

Ainda temos outros debates centrais, como a reforma agrária, a auditoria da dívida púbica, a reforma dos meios de comunicação, a questão dos problemas causados pelos agrotóxicos, a educação, a saúde, a segurança, etc. Não há tempo pra se perder com meras picuinhas ideológicas, o país precisa andar.



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  • Autor: Adilson Piloto Junior
  • Imagens: Divulgação/Internet

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