Sabor e emoção
As influências da culinária no psicológico humano
Os gostos e preferências variam e o ambiente dita os ingredientes; mas não se pode negar: nada como saborear aquele prato preferido, que desperta em nós tantas lembranças e emoções. O alimento é físico, mas em nós exerce efeitos de ordem psicológica, por estar vinculado a momentos e fases da vida.
O fato de considerarmos incomparáveis os pratos preparados por nossas mães e avós possui uma explicação lógica, que extrapola as habilidades culinárias. Essa diferenciação se deve à ligação que há entre eles e nossa infância, estágio mais propício para a assimilação de estímulos diversos. Inconscientemente, nosso cérebro cria elos entre os pratos que consumíamos e as brincadeiras e fantasias que tínhamos, associando os sabores aos momentos de distração e lazer com a família.
No entanto, tal processo não se limita à infância. Todos os dias, estamos sujeitos a novas experiências culinárias (positivas ou negativas), que possuem o potencial de causar em nós sensações peculiares e até mesmo alterar nossas preferências.
As sensações e lembranças ligadas ao alimento se perpetuam a cada refeição, mesmo que não percebamos; e a cada dia, novas ligações são criadas pela associação paladar/emocional. E é claro, um tempero especial faz toda diferença.
- Autor: Gerson Dickel
- Imagens: Internet