Ação investiga supostos desvios de R$ 15 milhões de recursos públicos da saúde.
Operação cumpre mandados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Uma operação conjunta entre Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul apura supostos desvios de recursos destinados para saúde em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. No município de Rio Pardo, o montante chegaria a R$ 15 milhões. Pela manhã, foram presos temporariamente o prefeito Rafael Barros (PSDB), o procurador-geral do município, Milton Coelho, e outro procurador.
Além deles, outras 12 pessoas foram detidas – são empresários ligados a uma organização social à qual o montante teria sido repassado –, enquanto o secretário da Saúde, Augusto Pellegrini, foi afastado. A ação apura supostos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. Ao todo, 129 medidas judiciais devem ser cumpridas.
De acordo com a Promotoria, a administração terceirizava o serviço de saúde a uma organização a qual, por sua vez, contrava outras empresas para realização do contrato. De um total de R$ 60 milhões repassados à companhia inicial, foi comprovado o desvio de R$ 15 milhões durante a quarteirização. Além de servir para uso particular, como aquisição de patrimônio, o dinheiro alimentava o sistema política partidário.
A operação, chamada de Camilo, tem 61 mandados de busca e apreensão, 15, de prisão temporária, além de medidas judiciais de sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de valores depositados em contas de investigados e empresas. Também deverá ser feito o afastamento cautelar de funções exercidas por servidores públicos municipais.
- Autor: Correio do Povo
- Imagens: Alina Souza