BC projeta crescimento de 2,9% no agro mesmo com pandemia de coronavírus.
Setor foi o único que não teve a expectativa revisada no Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta semana. Em 2018, agro cresceu 1,3%.
A agropecuária brasileira deve crescer 2,9% em 2020, mesmo com os efeitos da pandemia de coronavírus, avalia o Banco Central (BC). O dado está no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta semana, em que a autoridade monetária atualiza suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
A perspectiva é a mesma do relatório divulgado em dezembro, diferente do esperado para outros setores da economia, que tiveram os números revisados, em meio ao avanço da Covid-19. (veja quadro abaixo)
“O crescimento esperado da agropecuária foi mantido em 2,9%, refletindo melhora nos prognósticos para a safra de grãos, compensada por redução moderada na estimativa de crescimento da pecuária, em razão dos impactos da pandemia sobre a demanda interna e externa por proteínas”, diz o relatório.
Os 2,9% estimados pelo BC para o setor representam um crescimento maior do que o do ano passado, que foi de 1,3%. De acordo com o Banco Central, as novas projeções para a economia brasileira neste ano levam em conta um cenário de intensificação de medidas de isolamento por causa da pandemia, efeitos negativos sobre setores da indústria e serviços e redução das estimativas para o comércio do Brasil e do mundo.
Segundo a instituição, embora o avanço da pandemia tenha mostrado impactos significativos sobre sistemas de saúde e economias de alguns países, existe incerteza sobre a força e a persistência dos seus efeitos. As expectativas em relação à economia global e doméstica mudaram rapidamente nas primeiras semanas de março. E governos de diversos países, incluindo o Brasil, têm adotado medidas de política monetária e fiscal na tentativa de atenuar os prejuízos à atividade econômica.
- Autor: Globo Rural
- Imagens: Ilustrativa