Uma empresa de Santa Rosa está inovando suas rotinas produtivas em função das mudanças causadas pelo novo coronavírus. A Biotecno, indústria que há 20 anos desenvolve refrigeradores e freezers para a área da saúde, lançou uma nova linha de refrigeradores para armazenar vacinas. 

A Diretora da Biotecno, Lídia Linck Lagemann, revela que a empresa registrou um crescimento nas demandas. Ela entende que o aumento ocorreu, principalmente, em função da busca por refrigeração para as vacinas de gripe. “Desde dezembro de 2019, não é mais permitido guardar vacinas em geladeiras comuns, por isso, muitos laboratórios e farmácias precisaram se readequar”. 

Para atender o crescimento da procura pelos refrigeradores e freezers, a empresa criou uma nova linha de produtos. Para isso, as equipes foram mobilizadas para otimizar a capacidade produtiva. “Buscamos nos adaptar da melhor forma possível durante esse novo momento. Desenvolvemos uma linha com um custo mais acessível e que também está disponível à pronta-entrega”, conta Lídia. Um dos principais clientes da empresa é Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entidade que está realizando diversas pesquisas para a vacina do Covid-19.

No início da quarentena, a empresa teve algumas dificuldades com o recebimento das matérias-primas. “Esforços foram feitos para readequar o fornecimento de alguns produtos. Porém, como atendemos o setor da saúde, conseguimos normalizar a produção”. Além das vendas para o Brasil, a Biotecno também registrou um aumento na exportação para América Latina.

Com a entrada da resolução da Anvisa, RDC 197/2017, em 29 de dezembro do ano passado, foram alterados os requisitos de armazenamento de vacinas para humanos. A conservação deve ser em câmaras regularizadas pelo Ministério da Saúde, que atendem a todas as exigências descritas no Manual da Rede de Frio do Programa Nacional de Imunizações. Diretrizes que, segundo Lídia, são cumpridas pela Biotecno.

• Autor: Correio do Povo
• Imagens: Otávio Vicari