Advogado de réu pede saída de promotores do caso Kiss.
Para Jader Marques, MP não encaminhou documentos solicitados pela defesa.
O advogado Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, ex-sócio da boate Kiss e um dos acusados das 242 mortes decorrentes do incêndio na casa noturna, solicitou o afastamento dos promotores do caso. A justificativa, segundo o documento encaminhado à Justiça, é o suposto não atendimento de um pedido da defesa feito ao Ministério Público ainda no começo das investigações.
Marques sustenta que todos os documentos referentes a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) realizado em 2010 foram solicitados aos promotores, mas até hoje nada foi encaminhado. O mérito da questão vai ser julgado pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo processo.
Em 2010, o Ministério Público investigou a operação de uma série de casas noturnas em Santa Maria, entre elas a boate Kiss. Um TAC foi firmado à época e a casa noturna se comprometia a corrigir as falhas apresentadas pelo estabelecimento. A defesa de Spohr justifica que, como as mudanças não foram fiscalizadas à risca – como a mudança de posição do palco e o revestimento com espuma tóxica –, isso ajudou na dimensão do incêndio.
A defesa de Spohr já havia apresentado queixa-crime contra Ricardo Lozza, promotor que intermediou o TAC, mas o pedido foi arquivado pelo MP.
- Autor: Correio do Povo
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