A cara da copa
A superação do interminável jejum
O futebol é feito de ciclos, os temidos e imprevisíveis ciclos. Para o Grêmio, um nada feliz teve fim na noite de ontem (assim espera a torcida), com a conquista da Copa do Brasil 2016. Um triunfo com a assinatura de Renato e da eficiente gestão de Romildo Bolzan Jr. O que eles têm em comum? Ambos toparam o desafio de levar nos ombros a responsabilidade da mudança. Com os pés no chão e seriedade, o Grêmio chegou lá. O mata-mata é a cara do futebol gaúcho.
Mas voltemos aos ciclos. Posso imaginar o alívio da torcida com o apito final na Arena. Alívio pelo fim de um longo e doloroso ciclo; quinze anos de marasmo dentro e fora do campo (com direito a rbaixamento), vendo de longe o grande rival subir várias vezes aos patamares mais altos do esporte. Isso sempre existiu e seguirá ocorrendo no futebol. A história de todo clube é uma sequência de ciclos, intercalando bons e maus momentos.
O indiscutível mérito do Grêmio na conquista de ontem pode denotar o fim do ciclo; assim como o provável rebaixamento do Internacional pode significar o fim de um ciclo no Beira Rio. Ciclos vêm e passam, mas a paixão de nossas torcidas resiste a todos eles.
- Autor: Gerson Dickel
- Imagens: Ilustrativa