A era da tecnologia e da informação, na qual vivemos, demanda a formação de profissionais qualificados e criativos, capazes de otimizar e sustentar o crescimento da sociedade moderna. Tal processo depende, sobretudo, dos avanços e transformações na educação, não somente no que tange a estrutura física e os recursos humanos, mas principalmente no próprio método pedagógico.

Nos últimos anos, vem-se extinguindo, aos poucos, a tradição do ensino seccionado e pré-definido, a qual se baseava na simples e sistemática transmissão de informações,individualizando as áreas do conhecimento e suprimindo a capacidade crítica e analíticados educandos.

Em substituição ao método tradicional, está em processo de implantação uma novaforma de se fazer educação, chamada de ensino interdisciplinar.  A mesma, como o próprio nome sugere, baseia-se na transmissão interligada do saber, relacionando áreas e temas antes totalmente segregados. E nisso consiste uma vantagem em relação à metodologia anterior; pois a sociedade, o mercado de trabalho e mesmo a vida social são, naturalmente, um conjunto de aspectos distintos e interdependentes.

Com uma formação interdisciplinar, o indivíduo ingressa no mercado como um profissional flexível e polivalente, mais apto à formação de ideias e à implantação de ações em seu meio. Além disso, desenvolve a capacidade de interpretar situações e solucionar problemas, avaliando cada aspecto de perspectivas distintas. 

Obviamente, não há como esperar resultados imediatos, considerando que toda mudança num sistema amplo e complexo leva anos para fazer-se perceptível. A educação precisa sim, urgentemente, de investimentos vultosos em estrutura física e na valorização e qualificação dos educadores; mas também da colaboração da sociedade como um todo, fortalecendo a causa.

Como disse Freire: “A educação sozinha não transforma a sociedade; sem ela,tampouco a sociedade muda”.

• Autor: Gerson Dickel
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