Entenda qual é o impacto do aumento do ICMS na vida dos gaúchos

06/01/2016

Reajuste no imposto estadual irá pesar no bolso dos gaúchos

A vida dos gaúchos se tornou mais cara deste dia 1º de janeiro. Começou a valer as novas alíquotas de ICMS aprovadas pelo governo do Estado, na Assembleia Legislativa em setembro. Segundo a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado, o peso extra no orçamento mensal de uma família de classe média chegará a 4,6%.

Para o economista Cristiano Moisés da Silva as famílias gaúchas podem considerar um peso extra na renda. “Todo pagamento compulsório implica em um gasto em que o contribuinte não tem escolha, ele tem de pagar. Isso significa que há uma diminuição do poder de utilização da renda disponível. Nesse caso, se fizermos a conta de uma família com uma renda de R$ 2.000,00 mensais, o impacto, considerando esse peso extra de 4,6%, é de R$ 92,00 a menos no orçamento a cada 30 dias. A partir daí podemos pensar em inúmeras formas em que esse valor poderia ser utilizado em produtos ou serviços no comércio local, mas que deixa de ser gasto a fim de pagar o imposto. Se fizermos uma conta anual, são R$ 1.104,00 a menos no final do ano, ou mais da metade, 55,2% do décimo terceiro salário, por exemplo, que fica comprometido”, disse Cristiano.

“O setor alimentício também é impactado diretamente pelo aumento desses insumos. Quando os custos da produção da empresa ficam maiores, sempre há um repasse, em maior ou menor grau, dependendo da capacidade do empresário de absorver a possível queda nas vendas de produtos com o aumento dos preços”, salienta o economista.

O economista destaca a importância de se buscar um equilíbrio financeiro. “É cada vez maior a necessidade de a população estar atenta ao seu orçamento pessoal ou doméstico. Cada vez que somos obrigados a aumentar os gastos com pagamentos compulsórios, temos que tomar decisões de consumo sempre buscando o equilíbrio financeiro, a fim de evitar gastos desnecessários ou atitudes consumistas. A boa gestão do orçamento familiar, com diálogo entre todos os membros da família, pode ser fundamental em momentos de desafios econômicos”, finaliza o economista.

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