Expointer 2023 – Espaço da Biodiversidade foca na troca de experiências com os visitantes
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Interagir com os visitantes para troca de experiências e relatos de uso de variedades crioulas, ancestrais ou de Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs). Este é um dos objetivos da parcela temática da Biodiversidade, que está sendo apresentada no Espaço da Emater/RS-Ascar, no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a 46ª Expointer, em Esteio. No local, extensionistas da Instituição divulgam ao público variedades de sementes, de plantas, de frutas e de tubérculos, bem como produtos de uso e de consumo, além de materiais de propagação, com a intenção de valorizar as matrizes antigas.
De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, Marcelo Biassusi, a ideia do espaço também é o de disponibilizar informações sobre o manuseio desses produtos, que são cultivados sem o uso de produtos químicos e que são muito utilizados não apenas para a manutenção de uma alimentação saudável, mas também na gastronomia gourmet. “No local também se está fazendo demonstrações de sistemas de cultivo possíveis, considerando as características agronômicas específicas para cada produção”, pontua Biassusi, que cita a cúrcuma e o inhame como exemplos de tubérculos que são apresentados.
O extensionista Carlos Alberto de Ávila Rocha explica ainda que participantes de outras edições costumam levar sementes para a troca na própria Expointer, o que fortalece a ideia de propagação, de multiplicação. “E isso é muito gratificante, pois é possível ver na prática o resultado desse trabalho”, afirma Rocha, que destaca o potencial dessas plantas, que são passadas de geração para geração, nos remetendo aos nossos avós e bisavós. “É um trabalho importante de resgate, dada a erosão genética que faz com que muitos desses materiais resistentes e de qualidade simplesmente desapareçam”, analisa.
Circulando pelo espaço, o metalúrgico aposentado Getúlio Correia, de Sapucaia do Sul, trouxe consigo uma garrafinha pet com milho crioulo da variedade Cunha. “Plantei meia dúzia de grãos e precisa ver que coisa mais linda o resultado”, celebra. Adepto da alimentação saudável, Correia afirma plantar de tudo um pouco – de milho, feijão e abóbora, até chegar à chás, temperos ou Pancs. “Banana, por exemplo, a gente tem tanta à disposição lá em casa, que quase não damos conta de comer”, destaca, afirmando ainda que costuma colocar o excedente ou mesmo as mudas na frente do pátio para quem quiser levar.
Outros cultivos, como cebola, também são mencionados. “Numa safra cheguei a colher sessenta e cinco quilos”, garante. A respeito dos manejos, utiliza compostagem e coberturas verdes, que dão conta da sanidade das hortas, além de manter abelhas sem ferrão da espécie jataí, para fortalecer a polinização. “A gente tende a achar que precisa de áreas gigantescas para cultivar e não é necessário” exemplifica, citando os 700m²de sua propriedade. “E essa troca de conhecimentos como um todo é um dos objetivos, o de promover uma circulação viva de matrizes, que vai enriquecendo as opções do banco”, finaliza Rocha.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expointer
Jornalista Tiago Bald
(51) 99194-8872
Instagram: @EmaterRS
- Autor: Imprensa - Emater RS
- Imagens: Imprensa - Emater RS
