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Formação de professores na Educação Infantil Viadutos

Data da Noticia 15/08/2023

No dia 12 de agosto (sábado) na Escola de Educação Infantil Viadutos, iniciamos um novo ciclo de estudos para as professoras da Educação Infantil, com o incentivo e apoio da secretaria de educação, pois acreditamos que a formação continuada de professores proporciona momentos de reflexão e aquisição de novos conhecimentos e contribui para um processo contínuo de autoformação. De acordo com Nóvoa (1992, p.25), “a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal.”

A Professora de Educação Infantil e Mestre em Educação Rosângela Dalagnol, organizou a formação em cinco módulos, que serão mensais até o final do ano letivo. O tema da formação tem como título geral e objetivo principal a elaboração de Reflexões e Inspirações para tecer a prática com crianças pequenas e bem pequenas. O primeiro encontro teve como tema: Memórias da infância: o brincar e o ser criança, e em um ambiente acolhedor e harmonioso a professora sensibilizou o grupo sobre o tecer nos seus mais variados contextos, considerando que, conforme a afirmação de Leonardo da Vinci, “tudo se liga a tudo”, e, portanto, somos parte de um infinito tecido de vida.

Esse tecido de vida é formado também, por fios de memórias afetivas que constituem a subjetividade de cada indivíduo e, para contemplar essa metáfora, trouxe uma lembrança afetiva a partir do entrelaçar das linhas de crochê presentes no guardanapo feito pela nona e, utilizando também imagens da presença do entrelaçar dos fios observadas na conexão dos neurônios, na teia das aranhas, nas digitais, no ninho dos pássaros, no curso dos rios que se ligam para chegar ao mar, nas raízes das árvores, enfatizou a importância da primeira infância para a elaboração e aquisição de aprendizagens e memórias afetivas que permanecem e habitam o ser humano ao longo de toda a vida.

Após uma linda reflexão sobre a infância e a criança que habita dentro nós e que as vezes fica esquecida ali dentro, fomos desafiadas a fazer esse inesperado encontro entre o adulto que somos e essa criança que mora ali dentro, rememorando e registrando as imagens e sentimentos que inundavam a mente e traziam sensações inexplicáveis. Essa busca e encontro com a criança que eu fui e que está muito viva dentro de cada um, desperta o olhar e a escuta sensível para a Inteireza da criança que está conosco, no cotidiano.

E a partir das reflexões e do movimento entre teoria e prática, nos fez refletir sobre quem é a criança da Educação Infantil? Por que é necessário investir nesta fase do desenvolvimento? Como a concepção de criança que eu tenho conduzem a minha prática? E quais os fios considerados importantes para tecer a prática cotidiana da educação infantil?

E, por meio dos espaços brincantes, organizados com o objetivo de despertar essa criança que habita em nós, também fomos convidadas a vivenciar o brincar de forma genuína e explorar diversos materiais que nos mostravam muitas possibilidades, resgatando a curiosidade e potência da infância. Essa vivência possibilitou que a imaginação e a criatividade aflorassem na medida que cada uma se permitia acessar esse movimento de ludicidade, aprendizagem e encanto.

Esse movimento de olhar para si, rememorar, reviver e sentir a sua história de vida compreende um importante aliado no processo autoformativo. Conforme Ferroni (2018), “escutar as experiências de vida dos professores, por meio do rememorar e do narrar suas lembranças, compreende valorizar as subjetividades nos processos formativos e reconhecer que essa história de vida implica na construção da identidade docente. Ouvir e colocar como objeto de análise as histórias de vida de professores, em processos formativos possibilita a este um melhor conhecimento de si, de seus sonhos, de seus anseios, de suas indagações, de suas representações e de suas ideias, essas últimas constituídas nesse percurso vivido”.

 

Texto e fotos: Vanessa Maria Sacomori e Rosângela Dalagnol.



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  • Autor: Ass. de Imprensa de Viadutos
  • Imagens: Ass. de Imprensa de Viadutos

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