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Mobilização contra a reforma da previdência reúne mais de mil pessoas e une sindicatos de Viadutos

Data da Noticia 09/03/2017

Aconteceu nesta tarde de quarta-feira (8 de março) mobilização promovida pelo SUTRAF/FETRAF e STR/FETAG contra a reforma da previdência proposta pelo governo Michel Temer. 

O evento contou com mais de 1000 participantes trabalhadoras e trabalhadores da cidade e do interior. Também esteve presente grande parte do comércio local que apoiu o evento fechando seus estabelecimentos.

A mobilização teve início por volta das 14:00 em frente à praça da matriz Isidoro José Brancher, onde pronunciaram-se os presidentes dos sindicatos, representantes da FETAG e FETRAF Alto Uruguai e autoridades municipais.

Logo após, o contingente seguiu pela Avenida Independência sentido Gaurama retornando após até a Prefeitura Municipal.

Ao término, foi lida e aprovada pelos participantes carta de repúdio que será encaminhada para os deputados e para a imprensa regional. A mesma carta foi entregue ao prefeito Claiton Brum e para o presidente do legislativo Artêmio Volpi.

 

Confira abaixo a integra do documento aprovado pelas trabalhadoras e trabalhadores.  

 

VIADUTOS DIZ NÃO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

 

A comissão organizadora da mobilização contra as reformas da previdência, aqui representada pelas lideranças sindicais da FETAG e SUTRAF - do município de Viadutos querem deixar registrada através desta carta, que será encaminhada para os deputados e senadores, a sua insatisfação com o momento político e mudanças no sistema previdenciário que prometem cortar direitos adquiridos com muita luta pela classe trabalhadora.

Não concordamos com a perda da seguridade especial;

Não concordamos com o aumento da idade para a aposentadoria;

Não concordamos com a desvinculação com o salário mínimo;

Não concordamos com a contribuição individual;

Não concordamos com o aumento do tempo de comprovação de atividade;

Somos contra o fim da pensão acumulativo para os trabalhadores e trabalhadoras do campo;

Não concordamos que o dinheiro da previdência seja usado para pagar dívidas da União;

Isso seria o fim da sustentabilidade geracional no campo, comprometendo a sucessão familiar e o fortalecimento da agricultura familiar. Se acontecer, irá comprometer a renda e a sustentabilidade de milhares de famílias camponesas, que não terão amparo para comprar seus medicamentos, sua alimentação e uma qualidade de vida satisfatória na sua velhice. Comprometerá também o comércio local e muitos estabelecimentos comerciais de pequenas famílias do campo e da cidade, sendo que em nosso município são 1659 aposentados rurais e 639 aposentados urbanos. O valor montante do município, arrecadado por esses assegurados representa um valor superior daquele arrecadado pelo Fundo de Participação dos Municípios.

 

A perda desses direitos significa retroceder 30 anos e voltar aos tempos em que o agricultor não era considerado trabalhador e contribuinte. Somos trabalhadores, somos contribuintes, a previdência não é deficitária e reivindicamos a garantia de nossos direitos. Nessa história, os mais prejudicados serão as mulheres. Essa aposentadoria é hoje um dos grandes mecanismos de distribuição de renda e que se suprimida levara muitas famílias à linha da pobreza. Não podemos continuar alimentado e compactuando com a corrupção instalada no sistema político, a super aposentadoria de políticos e militares, de parte do funcionalismo público, e querer que os agricultores e agricultoras, os funcionários públicos de baixa renda sejam os únicos penalizados. Acima de tudo é preciso valorizar quem trabalhada duro no dia a dia e presta serviços essenciais para o país, como a segurança e a soberania alimentar.



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  • Autor: Comunidade FM
  • Imagens: Comunidade FM

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