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Na luta contra a Reforma da Previdência

Data da Noticia 07/02/2017
SUTRAF Alto Uruguai realizou encontro com Coletivo de Mulheres, e anuncia que ira realizar mobilização no 8 de março.

A aposentadoria rural está incluída no plano do Governo Federal de Reforma da Previdência. Diante do atual panorama que traz preocupação a classe e as mulheres que atuam na agricultura, um encontro foi promovido pelo SUTRAF-AU – Sindicato Unificado dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Alto Uruguai, na tarde desta segunda-feira (06). O evento que ocorreu no Seminário Nossa Senhora de Fátima, reuniu representantes de sindicatos dos municípios do Alto Uruguai e do Coletivo Regional de Mulheres. Também esteve presente na reunião, Alcemir Bagnara, assessor parlamentar do Deputado Altemir Tortelli, que é presidente da Frente Estadual em Defesa da Previdência.

De acordo com o coordenador geral do SUTRAF Alto Uruguai, Douglas Cenci, a importância do encontro se dá para melhor elucidação a respeito da reforma, assim como a construção de mobilizações contra a proposta. “A Reforma da Previdência vai atingir diretamente as mulheres, que no caso das agriculturas, irá passar de 55 para 65 anos. Atualmente o agricultor tem no talão a sua contribuição familiar com Fundo Rural, o novo modelo vai ser por contribuição individual mensal. Dessa forma se corre o risco de que as famílias tenham que optar pelo pagamento da previdência para alguns membros, devido os recursos e se tiverem que optar, provavelmente a mulher vai ficar sem aposentaria, em uma sociedade machista como a nossa. Corremos o risco de voltar ao que foi na década de 1970, antes da Constituição de 1988, que apenas o homem tinha direito a aposentadoria, no caso os rurais”, relatou Cenci.

Além da questão financeira, a proposta de reforma atingirá as famílias e a independência da mulher agricultora também está ameaçada. De acordo com a coordenadora do Coletivo de Mulheres SUTRAF- AU, Clarice Coghetto, dez anos a mais para se aposentar significa a perda de R$120 mil nos atuais valores sem correção. Além disso, outra questão atinge diretamente os trabalhadores, no que tange a pensão por morte. “Com essa proposta o marido ou a esposa que falecer, o companheiro não vai poder acumular a pensão, caso já esteja aposentado. Se não estiver aposentado, passa receber 50% do salário mínimo e mais 10% de cada membro da família. A preocupação é sempre maior quando a mulher vem a ser viúva, já que o trabalho no campo exige força. Com isso a o SUTRAF vem debatendo em suas reuniões de no dia 08 de março fazer uma reflexão sobre esse conjunto das mudanças. Nós temos afirmado que não tem motivos para comemorar nesse 08 de março e sim para lutar”, disse.

No Dia Internacional da Mulher, 08 de Março, o SUTRAF planeja mobilizações contra a reforma, demonstrando a indignação das mulheres agricultoras com a possibilidade da perda de direitos. “O governo tem colocado que é preciso à reforma para garantir o futuro da previdência, o que é uma mentira. Se você estudar os números, o governo só teve prejuízo a partir de 2014 na previdência e desde criada até 2014 ela só deu lucro. O governo gastou o dinheiro e mascara os números para fazer a reforma da previdência, para beneficiar as grandes empresas no sentido que jogar mais mão de obra no mercado e dar mais dinheiro ao setor financeiro. Tem estudos que mostram que se o Brasil voltar a crescer 1% ao ano, é desnecessário a reforma da previdência, ela voltaria a dar lucro, então não tem porque fazer uma reforma em um país com o potencial que tem o Brasil que em um ano ou mais vai voltar a crescer e gerar lucros maiores ainda do que estavam”, destacou.

 A reforma da previdência atinge em cheio, o setor que mais gera lucros ao país e que tem uma função social de produção de alimentos. Colocando o agricultor em uma difícil situação, já que o trabalho no campo exige bastante esforço físico, o que fica comprometido com a exigência que estes cheguem aos 65 anos para se aposentar. “Essa reforma vai acabar diminuindo a arrecadação, porque as pessoas não vão pagar todos esses anos para se aposentar no fim da vida e, além disso, vai aumentar o gasto em saúde, porque tendo que trabalhar mais haverá mais problemas nessa área. Então é uma reforma burra e nós precisamos lutar contra ela”, finalizou o coordenador geral do SUTRAF-AU.



Todas imagens
  • Autor: Jéssica França/SUTRAF AU
  • Imagens: Jéssica França/SUTRAF AU

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