O deputado estadual Altemir Tortelli participou, nesta terça-feira (21), da reunião entre prefeitos e representantes da Associação dos Municípios do Nordeste Rio-grandense (Amunor) e o secretário estadual da Segurança Pública, César Schirmer. O crescimento da criminalidade e da violência no Interior do Estado, a falta de brigadianos nos municípios da região e os problemas da transferência de policiais para a Região Metropolitana foram pautas da audiência.

De acordo com o deputado Tortelli, a falta da segurança no interior do Estado tem aumentado drasticamente em razão da diminuição do efetivo de policiais civis e militares em todo o Rio Grande do Sul. O parlamentar falou que o deslocamento de brigadianos para tentar suprir as necessidades da Região Metropolitana tem deixado os municípios de médio e pequeno porte descobertos, em uma estratégia equivocada, que chamou de “política de cobertor curto”. 

“A situação de desamparo na Região Nordeste se intensifica ainda mais com o deslocamento dos policiais, estimulando o crescimento da violência em uma área que está se transformando em rota do crime”, afirmou Tortelli. Segundo ele, a Região dos Altos da Serra está perdendo a sua característica de “tranquilidade”, vendo o aumento assustador da violência, com inúmeros casos de assaltos a bancos e outros crimes nos pequenos municípios da região.

O presidente da Amunor, Jacir Miorando, prefeito de Água Santa, disse que dos 19 municípios da região, nove estão sem nenhum brigadiano. Também presente no encontro, a prefeita de Maximiliano de Almeida, Dirlei dos Santos, lembrou o caso recente em que o municípios ganhou destaque negativo na imprensa gaúcha após três assaltos simultâneos a instituições bancárias. “Estamos aqui pedindo socorro”, declarou.

Sem novos brigadianos até junho

O secretário da Segurança Pública do RS, Cesar Schirmer, escutou as reivindicações dos dezenas de prefeitos, secretários, vereadores, representantes do comércio e empresários da região, mas pouco ofereceu em seu discurso. Afirmou que novos brigadianos foram chamados, mas que só poderão atuar a partir de junho, quando concluirão o processo de capacitação. Disse também que a crise de segurança pública está sendo sentida em todo o País, não apenas no Estado. O secretário alegou também que o Governo passa por dificuldades financeiras e que a redução do efetivo ocorreu em razão da aposentadoria de muitos policiais.

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