A abordagem de uma história clássica “João e o pé de feijão”, feita pela professora Silvia Maria Bonavigo, e auxiliar Odilse Bonatto, no Maternal B da EMEI Viadutos, tomou uma proporção muito além da expectativa. Tudo aconteceu quando a professora trouxe a história naturalmente para as crianças, naquela manhã como acontecia em algumas contações de história, as crianças pediram para ouvir novamente, a professora resolveu mostrar um vídeo animado contando a história também de outra forma, o interesse foi crescendo, conversavam sobre o gigante, o feijão, o castelo e curiosos com o que aconteceu.

As vivências sobre a história foram aos poucos oferecidas pela professora, desenho livre, usando as cores que aparecem na história, em outro momento observaram espécies de feijão, cores e formatos diferentes.

Em outro momento saborearam um feijão e arroz num ambiente preparado para a refeição mais afetiva da turminha. E dando sequência os tipos de feijões foram expostos na sala, pendurados dentro de um plástico transparente, onde as crianças observavam no dia a dia, até mesmo durante as outras interações e momentos de brincar livre. Assim, a professora propôs se as crianças queriam de fato ver como nascia e o desenvolvimento das sementes, poderiam escolher uma mostra daqueles que haviam na sala e levar para casa.

As famílias foram comunicadas que a sementinha iria seguir para casa e assim cada família junto com a criança seria convidada a semear e enviar os registros para a professora, sem compromisso. Qual foi a nossa surpresa com o envolvimento das crianças e as famílias, logo começaram a chegar os registros, cada um a sua maneira fez a semeadura, o cuidado, o envolvimento de outros membros da família, alguns em vasos, outros no terreno da casa, outros na lavoura e teve até quem fez uma horta especial para o plantio. As mudinhas nascendo, os cuidados com os inços, com a rega e com a observação, começamos enviar no grupo os registros que vinham semanalmente. E assim as mudas seguem crescendo e se desenvolvendo, é uma longa espera pela colheita, mas sabemos que o afeto e envolvimento de todos nesse processo está tendo um significado muito importante para cada criança.

Vivemos num município essencialmente agrícola, o que parece ser obvio para os adultos muitas vezes ainda não é palpável para as crianças, essa experiência tão linda certamente deu um pouco de trabalho em casa, mas já valeu a pena. Nas rodas de conversa da sala de aula, as crianças contando como foi e como está sendo o desenvolvimento das plantas emociona e gratifica nosso trabalho.

• Autor: Silvia Maria Bonavigo
• Imagens: Silvia Maria Bonavigo