Polícia esclarece autoria da morte de empresário de Campinas do Sul
Delegados contaram tudo o que foi feito na investigação que apura a morte do empresário
Os dois homens e um adolescente que participaram da ação criminosa na manhã de terça-feira (8) no Posto Ypiranga em Campinas do Sul, que culminou com o assassinato do empresário Isidoro Rebelatto (65), estão presos e apreendidos. Vaine Jardel Rufino Pinheiro (19) e o irmão, um adolescente de 17 anos, foram feridos a tiros pela vítima e acabaram descobertos pela polícia escondidos na casa de familiares, no bairro Presidente Vargas, em Erechim. O outro homem, Bruno Neckel (18), não chegou a entrar no estabelecimento e não teve contato com a vítima. Os três confessaram o crime e alegaram um "acerto de contas" com o empresário.
Vaine Jardel Rufino Pinheiro
Os delegados Gustavo Seccon, titular da Defrec em Erechim e a delegada de Campinas do Sul, que preside o inquérito, Raquel Kolberg, acompanhados pelo delegado regional de polícia, Gerson Fraga, contaram todos os detalhes do crime, apurados até agora, em entrevista coletiva na tarde de hoje (10). O adolescente, por ordem do Ministério Público, foi internado em uma casa de passagem em Passo Fundo e Vaine, o "Maninho", como é conhecido e seu comparsa Bruno, estão no Presídio de Erechim.
A polícia trabalha agora para desmontar o álibi do trio de que a ação criminosa se tratava de um acerto de contas e não um latrocínio. Os policiais estão impressionados com a rapidez da cicatrização dos ferimentos nas perna dos bandidos, provocados pelos disparos feitos pela vítima. Um deles foi alvejado por dois tiros que não chegaram a provocar fraturas. Os delegados entendem que a fuga da dupla, sem levar nada do local, se deu pela reação da vítima e principalmente pelos ferimentos que sofreram.
Delegada de Campinas do Sul, Raquel Kolberg
O acompanhamento do trabalho dos peritos no local pelos delegados foi fundamental. A delegada Raquel disse que os peritos encontraram e coletaram, sangue que não é da vítima e que confrontado com o DNA dos presos, pode desmontar qualquer tentativa futura de negativa de autoria ou algo parecido. Os policiais estão se cercando de provas técnicas e até testemunhais para concluir o inquérito e munir a promotoria de subsídios consistentes para a denúncia, preferencialmente por latrocínio. Os dois delegados que cuidam do caso, reafirmaram na coletiva desta tarde que ainda faltam informações, para dar o máximo de consistência ao inquérito que deve ser entregue em dez dias para a Justiça. A participação de uma quarta pessoa no crime não está descartada.
- Autor: Au Online/ Julio Mocellin
- Imagens: Julio Mocellin