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Quatro são presos e um segue foragido em nova fase da Leite Compen$ado.

Data da Noticia 14/03/2017
MP deflagrou 12ª etapa da operação na manhã desta terça-feira.

Quatro pessoas foram presas e uma segue foragida na 12ª etapa da operação Leite Compen$ado, deflagrada na manhã desta terça-feira pelo Ministério Público (MP). Dois dos detidos são  da empresa de Laticínios Modena e um da Rancho Belo. O outro preso é um transportador da AC Tressoldi. A denúncia contra eles deve ser oferecida em até 10 dias.

Nessa manhã, o MP realizou buscas nas cidades de Casca, Estrela, Marau, Nova Araçá e Travesseiro. As indústrias investigadas na operação são Laticínios Rancho Belo Ltda (em Travesseiro, que fabrica leite UHT integral envazado pela marca dos supermercados Dia%, além de leite, queijo e creme de leite da marca Rancho Belo), a Laticínios Modena (em Nova Araçá, de nome fantasia Bonilé Alimentos e que fabrica creme de leite industrial e queijo) e Laticínios C&P (em Casca, de nome fantasia Princesul, que fabrica queijo), além da Transportadora AC Tressoldi (em Estrela).

As investigações do MP descobriram o crime organizado de comercialização de produto lácteo impróprio para consumo humano (pela nocividade ou pela redução do valor nutricional) envolvendo as empresas investigadas. Dois dos alvos de prisão preventiva já haviam sido denunciados em outras operações do MP, daquela vez por sonegação fiscal milionária.

Segundo o MP, os três laticínios receberiam e repassariam entre si leite cru, creme de leite e soro de creme fora dos padrões previstos pela legislação brasileira. Muitas das cargas chegariam a ser refugadas por outras empresas e acabariam sendo comercializadas para estas indústrias. Alguns elementos da investigação apontam que carregamentos de leite que só poderiam ter como destino a alimentação de animais teriam sido usados para a industrialização de produtos de consumo humano.

Em mais de dez Certificados Técnicos de Análise emitidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizados em leite cru, leite UHT e nata, o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) detectou índices fora dos padrões. Conforme as investigações, os sócios-proprietários das empresas teriam ordenado a adição desses produtos para corrigir a acidez e eliminar microorganismos, no intuito de “rejuvenescer” o produto já vencido, impróprio para o consumo.

No caso da água, ela teria sido adicionada para que o creme de leite duro, já amanteigado, fosse novamente amolecido e misturado a outras cargas em condições melhores. Os laudos realizados pelas próprias empresas teriam sido mascarados, para que tanto a fiscalização quanto os compradores não visualizassem os problemas.



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  • Autor: Correio do Povo
  • Imagens: Mauro Schaefer

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