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Seca do Rio Grande do Sul é a maior dos últimos 70 anos”, diz agrometeorologista

Data da Noticia 09/02/2022
Com lavouras já afetadas, principal preocupação agora é com o fornecimento de água para a população urbana, disse o especialista

A seca que atinge estados do Sul do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul, já é considerada a maior em pelo menos 70 anos, afirmou o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos nesta terça-feira, 8.

Causada por uma “combinação de fatores que há muito tempo não se via”, Marco Antônio afirmou que a falta de chuva já se arrasta desde novembro em algumas regiões e que já há impactos além do cenário rural, com uma falta d’água que começa a atingir as regiões metropolitanas.

“É uma combinação de fatores que há muito tempo não se via para que se causasse essa terrível seca no RS, com quebras em lavouras de soja, milho, arroz, e frutíferas, afetando agora a população urbana”, afirmou.

Segundo ele, a ocorrência do fenômeno La Niña pelo segundo ano consecutivo faz com que as águas do Oceano Pacífico fiquem mais frias, o que tira a pressão de chuvas sobre o Sul do Brasil.

Além disso, as águas do Atlântico também estão frias, e o Atlântico Equatorial que banha o Nordeste está quente, o que respectivamente inibe a entrada de frentes frias e bloqueia os corredores de umidade no Norte do país.

Para o agrometeorologista, os impactos econômicos da seca poderão ser sentidos em breve na inflação elevada das commodities, como soja, milho e arroz. “É uma cadeia que está sendo feita pela seca que pode levar a impactos econômicos grandes no Brasil”, observou.

“O grande problema agora é a falta d’água nas cidades. É fato que vai começar a pegar a população porque os mananciais estão baixos, e isso pode afetar o custo de energia”, acrescentou.

Marco Antônio dos Santos acrescentou que, por mais que fenômenos como o La Niña já tenham ocorrido antes, algumas ações como o desmatamento podem agravar ainda mais a situação – ponto que se conecta no âmbito das mudanças climáticas.

“La Niña e El Niño não tem muita ligação com as mudanças climáticas porque são fatores que ocorrem no Oceano Pacífico, porém essas mudanças no nosso comportamento e no dia a dia potencializam esses efeitos”, avaliou.



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  • Autor: CNN Brasil
  • Imagens: Divulgação

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