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Vídeo mostra agressões contra crianças entre 1 e 2 anos na escola Vera Sass em Erechim

Data da Noticia 24/06/2016

O mês de abril de 2016 jamais sairá da memória de 10 pais que residem em Erechim, norte do Rio Grande do Sul. Quase um mês depois, foi quando eles ficaram sabendo que seus filhos simplesmente eram agredidos por monitoras (professoras) de uma escola pública de educação infantil. O fato que gerou revolta entre os pais, aos poucos vai sendo conhecido também pela comunidade em geral.

A agressão foi flagrada por câmeras instaladas pelo próprio educandário, entre os dias 28 e 29 de março. Apesar da direção da escola ter afastado as duas funcionárias flagradas pelas câmeras logo em seguida, os pais reclamam que ficaram sabendo do fato apenas um mês depois.

“No dia 26 de abril fui chamada para prestar depoimento em uma sindicância da Secretaria de Educação (de Erechim). Fiquei surpresa, quis saber logo do que se tratava, mas me falaram apenas quando cheguei lá. Fomos eu e mais duas mães. Ficamos arrasadas ao descobrir os motivos daquela conversa”, disse esta semana a mãe de uma das crianças agredidas, Geraldine Cristiane Serafim da Silva.

Ela e outro pais, Eliane Grando, Fabiola de Mello, Karoline Ramos,  Rosmari Ana Volinski, Cristian Carvalho e Cristiane Zanco, além dos os casais Joseli Conte Vall e Elto Vall, Franciane Ariele Broges e José Roberto Janesco, expuseram esta semana à reportagem do jornal Atmosfera, o sofrimento que estão passando e o sentimento de impunidade.

A descoberta dos fatos

De acordo com os pais, a direção da escola Doutora Vera Beatriz Sass, que fica no bairro Paiol Grande, emitiu um comunicado logo após a gravação das imagens, informando os pais da mudança de professores no monitoramento das crianças.

“A partir de então começaram os boatos em redes sociais sobre possibilidades, mas nós não sabíamos de nada. A escola apenas avisou da mudança, mas não informou o motivo. A gente ficou sem saber o que fazer”, disse um dos pais.

“Havia uma desconfiança. Nossos filhos passaram a ter o mesmo sintoma. Ninguém mais queria ir para a escola, tinham medo das profes, até mesmo de entrar no micro, choravam muito, desesperadamente e simplesmente não queriam ficar com as profes. Nós questionávamos as profes e a direção, mas todos nos informaram que fazia parte do processo de adaptação, já que todos estavam indo à escola pela primeira vez”, disse Eliane Grando.

Todas as crianças agredidas faziam parte da turma do maternal, com idade entre 1 e 2 anos. Segundo os pais, não se sabe ao certo quantas crianças foram maltratadas. “Apenas três pais foram chamados para depor, pais que tiveram seus filhos agredidos. O problema é que todos apresentaram os mesmos sintomas, os mesmos medos. Isso nos leva a crer que mais crianças foram agredidas. Até porque, a nós, nos mostraram apenas uma parte dos vídeos. O intrigante é saber por que não vimos tudo, será que tem coisa ainda pior a ser descoberto por nós, pais?”, questiona Geraldine.

O vídeo

O vídeo que mostra as agressões, divulgadas nesta reportagem, tem os rostos dos envolvidos por encobertos, devido a uma questão legal. Mas é possível ver perfeitamente as agressões e maus tratos às crianças.

O vídeo foi disponibilizado pelos pais, com a devida autorização para veiculação.

 



Todas imagens
  • Autor: Atmosfera Online/Edson Castro e Isadora
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